quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cada Escolha, Uma Renúncia


É parte da nossa vida fazermos escolhas e isto acontece desde que nascemos. Porém, a medida que envelhecemos e amadurecemos as escolhas começam a ser mais complexas e costumam mudar o rumo da nossa história.

Escolhemos nossas amizades, que curso prestar no vestibular, que carreira seguir, se terminamos ou não aquele relacionamento, se damos uma chance ou não para aquela pessoa, se mudamos ou não de trabalho, se aceitamos ou não uma transferência de cidade, se compramos ou não aquele carro, se começamos ou não uma dieta, se investimos ou não naquele sonho e por aí vai.

Nossa trajetória vai sendo traçada em decorrência destas escolhas e todas as vezes que escolhemos uma opção, renunciamos às demais.

Algumas decisões são muito fáceis e certas, fazemos sem hesitar e com muita confiança de que é o melhor caminho a seguir, estas trazem uma satisfação quase que imediata. Já outras, não são tão simples assim, geram inúmeros sentimentos desconfortáveis.

Dentre os mais comuns estão a insegurança (se tomou a melhor decisão), a culpa (por ter magoado ou desagradado alguém), o medo (de sofrer as consequências ruins ou não tão boas da escolha), o arrependimento (de ter deixado de lado a outra opção), dentre outros.

Além de sentimentos, as escolhas difíceis comumente vêm acompanhadas de alguns pensamentos / frases que destaco em três principais:

1. “Eu não devia ter escolhido isto.”

Pergunta que não quer calar: que ganho você tem ao ficar se martirizando pelo “leite derramado”? Concentre suas energias no que vem depois, porque o que está feito, está feito!

Como eu disse acima, arrependimento e insegurança são sentimentos muito comuns diante das escolhas, mas de produtivos e positivos eles não têm nada.

Em algumas ocasiões, você pode ter uma segunda chance de voltar atrás e de optar pela próxima opção. Ótimo quando isto é possível, mas quando não é, siga adiante.

Como eu já disse em outro post, não ache motivos para te paralisar e te impedir de continuar, não se sabote. Lembre-se: às vezes, o sofrimento pode ser opcional.

2. “E se eu tivesse feito aquilo?”

Não entre na cilada de questionar o que teria acontecido se você tivesse feito outra escolha. Você jamais saberá!

Tente tirar o “e se...” da sua cabeça, ele não existe, é simplesmente a sua fantasia em cima de algo que não aconteceu e a doce ilusão de que as coisas seriam melhores se tivesse tomado outra decisão.

Você nunca poderá ter certeza disso, portanto, pensar nessa possibilidade só vai te fazer ficar preso a este sentimento de impotência.

Assuma sua escolha e lide com ela.

3. “Ele(a) não me deu outra opção.”  

Talvez esta seja a maneira mais fácil de justificar a sua escolha, atribuir a responsabilidade a outra pessoa, sendo que existem sempre duas ou mais alternativas: fazer ou não fazer, ir ou não ir, falar ou não falar e por aí vai.

O que acontece nessa circunstância é que sua coragem ou motivação para agir foi menor do que a intenção em confrontar ou decepcionar alguém, então é mais fácil depositar a responsabilidade da sua atitude em outra pessoa.

Eu consegui ser clara?

Caso não, tentarei ser mais específica com uma simples situação hipotética. Você tem duas festas de casamento no mesmo dia e em cidades diferentes e distantes, sendo que as duas são de amigos muito próximos e queridos. Você tem três opções: ir a uma festa, ir a outra ou não ir a ambas.

A última opção normalmente passa pela sua cabeça como a mais democrática, mas digo que talvez seja a menos corajosa de todas. Apesar de “não ir” ser um posicionamento, é o que menos demanda sua atitude e sinceramente, mais se parece como uma fuga da decisão.

Uma vez que você decida ir a algum dos casamentos, qual a tendência a seguir? Normalmente (digo normalmente porque esta atitude depende da personalidade de cada um), damos preferência àqueles que são mais “difíceis” de lidar, estes acabam ganhando nossa escolha, não por serem os favoritos, mas por serem aqueles que temos mais receio (ou até mesmo medo) de enfrentar e desagradar.

A outra opção, já descartada, é sempre daquele mais compreensível, menos questionador ou que também não teria coragem de demonstrar sua insatisfação diante da sua negativa.

Concluindo este tópico, uma coisa é fato: sempre há outra opção. A questão é se você está disposto e preparado para encará-la.

                                                                                            ***

Tomar decisões é algo que sempre acontecerá na sua vida, você queira ou não, mas tomar boas decisões (aquelas que trazem bons resultados) é uma habilidade que vem com a maturidade, com as experiências, com os erros e acertos e será demandada de você tanto na vida pessoal quanto profissional.  

De tudo que disse, escolho afirmar apenas uma coisa com total convicção: na arte de escolher, independente das opções que fizer, escolha sempre ser feliz! E para ser feliz, também é preciso coragem. Você tem?

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