terça-feira, 5 de novembro de 2013

Somos do Tamanho dos Nossos Sonhos



É imenso o poder que vem da fé e não menos poderoso é o poder da vontade e do querer. Por isso, não poderia colocar um título diferente a este a post, pois acredito fortemente que somos do tamanho dos nossos sonhos.

Antes de falar sobre a nossa energia e potencial para conseguirmos o que desejamos para nossa vida, vou investir alguns parágrafos para falar sobre as forças que agem contrariamente ao querer.

Nessa reflexão, tentei buscar uma frase que pudesse traduzir um pouco do meu pensamento sobre o assunto e não achei outra melhor que: “quem quer arruma um meio e que não quer arruma uma desculpa”. Para mim, esta afirmação jamais será um chavão, uma vez que ela traz uma verdade tão sincera que autoriza a sua repetição.

Essa questão de arrumar uma desculpa é um mecanismo de enganação. Mais ou menos: eu finjo que é isso e você finge que acredita.

Quem arruma a desculpa usa de uma impotência disfarçada, como se não fosse capaz de fazer ou conseguir algo, e por isso, tenta achar uma justificativa para o seu não querer, mas muito raramente a desculpa traduz uma barreira concreta. É uma malandragem, que desmascarada, só invalida a credibilidade. E nessa “brincadeira”, o maior prejudicado é quem a faz. Simples assim!

Ainda tratando destes mecanismos de impedimento ou de defesa, outra frase veio à tona: “ninguém pisa em alguém, que já não está no chão”. A primeira vez que ouvi essa afirmação, a considerei muito dura e minha primeira reação foi a de rejeitá-la. Talvez você tende a fazer isto agora, mas vamos falar mais sobre isso...

Quando autorizamos que alguém nos maltrate, nos diminua, nos humilhe, nos subestime, nos agrida, normalmente nos colocamos numa situação de inferioridade, submissão, resignação e em níveis mais sérios, de aceitação.

Essa vulnerabilidade e de evidente fragilidade, nos coloca num lugar muito pouco confortável para a maioria das pessoas e leva a forte tendência de reação à situação adversa, mas por outro lado, às vezes também serve como desculpa para não agir.

É muito provável que você já tenha escutado de alguém frases como: tudo dá errado comigo, ninguém me dá crédito, não me respeitam, não me levam a sério, só “apanho” da vida, só levo tombo, me sinto agredido(a), sobre assédio, etc. As perguntas que não querem calar, são: essas pessoas fazem alguma coisa para sair dessa situação? Reagem a todas essas adversidades de que maneira?

Pois bem, atitude e resiliência são aspectos fundamentais nas pessoas vencedoras.

Você sabe o que é resiliência? Esse termo foi primeiramente usado pela Física e significava a "propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação elástica”. Difícil, né?

Agora traduzindo para o âmbito das relações humanas, podemos dizer que resiliência é a capacidade de recuperar-se e restabelecer-se após uma pressão, situação crítica ou adversa, (como stress, doença, frustração, etc.), ou seja, as crises, as mudanças, os infortúnios não deixam de existir, mas a maneira com que reagimos a eles é que faz toda a diferença.

Coloco aqui um teste simples para que possa avaliar o seu grau de resiliência e entenda um pouco mais do assunto:


Até então, refletimos que temos poder para fazer e acontecer, que existem mecanismos internos e externos que podem agir contrariamente, e no meio destas forças opostas, temos a resiliência. Mas qual a receita para termos sucesso?

Escolheria os ingredientes: foco, força e fé. Esse trio junto é poderosíssimo. Você tem um sonho e quer alcançá-lo?

Sugiro seguir alguns passos:


Tenho forte convicção que tudo que conquistei na minha vida foi fruto de muita determinação, coragem e persistência, e para aquelas causas mais difíceis a fé sempre foi meu “escudo de combate”.

Sei que não sou exceção. Para a maioria das pessoas as realizações acontecem assim, dificilmente recebemos o que desejamos na nossa porta, de bandeja ou embrulhado para presente com um laço vermelho.

Ainda acredito que usamos muito pouco do poder que temos, mas cada vez que uma batalha é lutada e ainda mais, quando ela é vencida, nos tornarmos mais fortes e confiantes para a próxima jornada.

A nossa capacidade de realizar é muito maior do que imaginamos e o dia que soubermos fazer uso de todo esse potencial, o céu é o limite.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Nem Todos São O Que Parecem Ser



Hoje quero falar de rótulos!

Primeiro, quero começar com aqueles que vem a embalar os produtos que compramos: muitos são bem atrativos, nos chamam a atenção, aguçam a nossa curiosidade, nos enganam por se assemelharem a outros, nos repelem logo de cara, não nos despertam interesse, nos confundem em sua aparência e fazem-nos “comprar gato por lebre”, nos seduzem a experimentar algo novo, enfim nos direcionam às escolhas.

Será que tudo isto que citei em relação a produtos, cabe também ao nos referirmos a pessoas?

Leia novamente tudo que escrevi no primeiro parágrafo pensando em alguém: muitos são bem atrativos, nos chamam a atenção, aguçam a nossa curiosidade, nos enganam por se assemelharem a outros, nos repelem logo de cara, não nos despertam interesse,  nos confundem em sua aparência e fazem-nos “comprar gato por lebre”, nos seduzem a experimentar algo novo, enfim nos direcionam às escolhas.

E então? Encaixou, não é mesmo?

Vamos fazer um exercício rápido com algumas figuras. Olhe-as abaixo e resposta mentalmente:
  1. Qual a primeira coisa que você enxergou?
  2. Dê uma segunda olhada, é somente isto mesmo que contém nela ou você enxerga mais alguma coisa?
  3. Se eu não tivesse dito para você olhar novamente, você teria aprofundado seu olhar para buscar ver além da primeira aparência?



Este exercício é uma ótima analogia para afirmar que isto acontece frequentemente nas nossas relações interpessoais. Têm pessoas que são “classificadas” com base em nosso primeiro olhar, no primeiro feeling,ou até mesmo fazendo o uso do jargão: “a primeira impressão é a que fica”. E isto vale tanto para boas quanto para más classificações. Tem gente que nos parece muito legal, amigável, amistosa, cativante, simpática, atraente, interessante num primeiro momento, ao mesmo tempo que outras já são taxadas de arrogante, fechada, antipática, mal humorada, intragável, logo no primeiro olhar a ela.

Porém, nem sempre estas “verdades” que atribuímos ao outro se confirmam à medida que aprofundamos o olhar, mas será que chegamos a dar oportunidade para que as impressões sejam confirmadas ou descartadas?

Dificilmente damos uma segunda chance para conhecer melhor alguém que logo de início já não simpatizamos. Em contra ponto, facilmente procuramos conhecer com mais profundidade alguém que passou a impressão de ser fantástica. E nem sempre isto se confirma após um pouco mais de proximidade.

Vou citar um exemplo para clarificar o que digo. Gosto bastante de assistir todos estes programas de apresentação de talentos gerais e musicais como: American IdolBritain’s Got Talent e mais recentemente ao The Voice.

O que isto tem a ver com o que eu digo? Primeiro, espero que vocês já tenham tido oportunidade de ver, pelo menos uma vez, algum destes programas, para entender minha analogia.

Os dois primeiros programas são de apresentação de candidatos a talentos a uma mesa julgadora que os vê, ouve e finalmente, os avalia. Já no The Voice, o processo é diferente, pois as audições são às cegas, onde somente o talento é levado em consideração, a aparência, num primeiro momento, é totalmente irrelevante para a aprovação de um participante.

Agora, veja as três pessoas aqui embaixo. Neste primeiro olhar, você concederia a eles o seu voto de confiança, afirmando o seu talento apenas pela primeira impressão que eles passaram a você, sem nem ao menos ouvi-los?


As três fotos acima são de participantes do concurso Britain’s Got Talent em que todos eles foram primeiramente desacreditados por conta de sua aparência e surpreenderam aos jurados e à plateia com a magnitude de suas vozes e dimensão do seu talento (coloco o link com as performances deles para vocês terem noção do que eu estou falando. Vale a pena assistir!).

  1. Paul Potts: http://www.youtube.com/watch?v=VQ345FwOujI
  2. Susan Boyle: http://www.youtube.com/watch?v=xRbYtxHayXo
  3. Jonathan: http://www.youtube.com/watch?v=E2Sqw7I6dYQ

Alguma vez você já descartou alguém por aspectos ligados à “embalagem”? Sinceramente, não quero entrar em questões ligadas ao preconceito, este não é meu intuito com este post, pois quero apenas levá-los a refletir sobre o porquê que fazemos certas escolhas baseando-se em primeiras impressões.

É muito comum isto acontecer no que se refere a relacionamentos, escolhas profissionais, processos seletivos, dentre outros. E lembrem-se, isto pode acontecer de você em relação a alguém, mas também no caminho inverso.

Já ouvi inúmeras queixas, como: “tenho certeza que não fui aprovada naquela processo seletivo só porque sou gordinho(a)”, “aquele cara ou aquela moça nem olhou para mim só por causa da minha aparência”, “ ficaram olhando torto para mim naquela festa, só por causa das minhas roupas”, “parece que eles só aceitam contratar gente com um certo padrão de beleza”, ou “só porque não tenho um bom carro, não sirvo”, até mesmo “eu sou tímido(a) e por isso, se afastam de mim sem me conhecer”,  e por aí vai.

Agora veja só que interessante: Uma situação muito comum na nossa realidade atual, no mundo conectado em que vivemos, é termos a oportunidade de falar remotamente com várias pessoas, seja por e-mail, telefone ou ferramentas de comunicação por chat, seja para relacionamentos pessoais ou profissionais. E nestes casos, quantas vezes já fomos cativados por estas pessoas sem ao menos tê-las conhecidos pessoalmente. E mesmo que a nossa imagem mental e imaginação da aparência desta pessoa não seja condizente com o que vemos depois, isso se torna irrelevante, pois já estabelecemos o vínculo com ela pelo que ela é e pela sua atitude conosco e não pelo que aparenta ser.

Inúmeras vezes entrevistei pessoas que aparentemente pareciam inadequadas para determinada vaga ou empresa e fui felizmente surpreendida por profissionais e pessoas incríveis. Trazendo para a minha experiência pessoal, acho ótimo os currículos sem fotos, pois quero continuar a escolher as pessoas pelo seu talento e não por sua estampa.

Por fim, acho bastante grande a possibilidade das pessoas estarem suscetíveis a serem seduzidas por belas imagens ou afastadas por outras não tão agradáveis (e humildemente também me incluo neste pacote), mas o que quero sugerir com esta mensagem é: invista um pouco mais de energia no segundo olhar, você poderá facilmente se surpreender com o que encontrará além dos limites da aparência.

(Resposta às imagens de figura e fundo: 1ª) cálice e rostos frente a frente / 2ª) saxofonista e rosto feminino / 3ª) moça e idosa e 4ª) cálices e rostos frente a frente.)

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

É Uma Pena, Mas Você Não Vale a Pena



Estou quase certa de que no momento em que leram o título do post de hoje, o “VOCÊ” da frase acabou te fazendo pensar em alguma pessoa.

É até bastante natural que isto aconteça, até mesmo porque, este era o objetivo da cantora Maria Rita ao interpretar a música “Não Vale a Pena”, em que exclama a plenos pulmões a frase título deste post (se nunca ouviu a melodia, eu indico escutá-la).

Porém, quando pensei em escrever sobre este assunto, não pensei somente no VOCÊ como alguém. Quando digo “É uma pena, mas VOCÊ não vale a pena”, este você pode ser qualquer vínculo ou relação estabelecida, seja com pessoas, com coisas, com uma instituição e até mesmo com comportamentos.


Esclarecido este importante aspecto, vamos em frente.

Para falar deste tema, é fundamental que fique claro que até chegarmos à conclusão de que algo não vale a pena, acontece um processo anterior e deve haver um processo posterior. O que quero dizer com isto? 

O esquema abaixo vai clarificar esta ideia e falarei de cada etapa descrita.


1. Mergulho

O mergulho é bom... é quando vivemos aquela sensação de estarmos tão misturados e submersos que nós e a "água" somos uma coisa só.

Nesta etapa, o vínculo ainda é vivido de maneira saudável, o relacionamento não sufoca, não entristece, nem causa problemas, o trabalho te realiza, te traz satisfação e te motiva, aquela forma de agir é aceita, te traz ganhos, aquela amizade é positiva, te acrescenta, te faz feliz, aquela escolha ainda é a mais acertada, te traz contentamento, aquela atitude é inicialmente bem vista, te abre portas e assim por diante.

É difícil estabelecermos vínculos, mantermos comportamentos ou nos apegarmos a algo que já de início nos faz mal ou não nos traz benefícios (apesar de acontecer), normalmente mergulhamos em relacionamentos e investimos em atitudes que, pelo menos inicialmente, trazem algum ganho: emocional, financeiro, profissional, etc.

Como disse acima, às vezes, já mergulhamos em algo ruim desde o princípio, ou seja, mesmo sabendo que o negócio tem pouca probabilidade de dar certo, tentamos e insistimos... nestes casos, o afogamento é quase inevitável.

E mesmo nas circunstâncias em que tudo começa bem, ele também pode acontecer.

2. Afogamento

É aí que o mal estar se instala! O que antes era saudável, suportável e até mesmo agradável, torna-se um problema, desconforto e incômodo.

Não é possível acordar, nem ir dormir um só dia sem que a sensação ruim te acompanhe. Ninguém consegue esquecer que está se afogando e apesar disto ser uma metáfora, deixar de lado um pensamento de que está vivendo com algo ou com alguém que não te faz bem e se desvencilhar desta circunstância é tão difícil quanto sair de uma situação de afogamento.

Você pode negar (para os outros e para si mesmo), você pode mascarar a situação, você pode achar que é uma fase que vai passar e que vai voltar a respirar normalmente de novo, mas na maioria das vezes, você nada, nada, nada e não consegue chegar à superfície.

Há quem vá direto dessa etapa para a fase do despertar, mas por outro lado, há outros casos em que ainda é preciso chegar a uma situação limite, em que se perdem as forças, a capacidade ou a coragem de encarar o problema, há o sentimento de paralisia, seguido do "desmaio".

3. Desmaio

É claro que este desmaio é no sentido figurado. Refiro-me ao desmaio como sinônimo de um estado de inércia, sensação de impotência, em que a situação ou o contexto exerce domínio sobre si e te paralisa, impedindo-o de agir.

Fica ainda mais grave, quando chega ao estágio de anulação e perda da identidade, ou seja, a pessoa já não se reconhece mais.

Como assim?

É mais ou menos quando você pensa da seguinte maneira: em situações normais, ou se eu estivesse bem, jamais permaneceria nesta situação, agiria desta maneira ou aceitaria tais circunstâncias.

Vamos exemplificar: imagine uma pessoa que começou a trabalhar em um lugar onde inicialmente tudo corria muito bem, porém certo dia sofre uma situação de humilhação e desencorajamento em uma de suas realizações. Então, como é a primeira vez que isto acontece, é uma situação isolada. O fato te magoa, te desmotiva, te incomoda, mas como foi apenas um evento, passa. Porém, acontece de novo, o sentimento ruim volta, a indignação aumenta, a vontade de jogar tudo para o alto aparece, mas a coragem e o enfrentamento não as acompanham, portanto fica autorizado que o processo se repita inúmeras vezes, pois não há reação contrária ao abuso. Chega certo ponto, que o estado de anestesia desta pessoa é tamanho que viver nesta situação vira um sofrimento rotineiro e parece que ser agredida faz parte do que ela se tornou. Porém, esta pessoa ao se lembrar de como era antes disto tudo acontecer, não consegue entender como deixou que as coisas chegassem a este nível e parece não saber o que fazer para sair desta.

Esta é apenas uma situação hipotética e pode ser substituída por qualquer outra que lhe remeta ao mesmo desconforto.

Feliz o dia em que o estado de coma emocional cessa e a vontade de libertar-se de tudo que te faz mal surge: é o que chamo de despertar.

4. Despertar

Também podendo ser definido como o processo de tomada de consciência, em outras palavras, é literalmente entrar em contato com o problema e assumir para si mesmo que algo não está indo bem. Nesta etapa, fica muito claro a nossa frase tema de que “é uma pena, mas você não vale a pena”. Seja lá o que seja este VOCÊ.

Saber é suficiente para mudar? Não. Algumas pessoas vivem anos ou até mesmo a vida toda com a consciência de que algo não é bom, que não as fazem feliz, mas não há atitude para sair da situação. Vivem “desmaiadas” até o fim.

Mas ao mesmo tempo, para aqueles que querem a mudança, o saber é o primeiro passo para a próxima etapa.

5. Resgate

Este processo pode acontecer com ou sem ajuda. Tem pessoas que conseguem encontrar uma energia interior tão poderosa que ela sozinha é capaz e suficiente para enfrentar o que quer que seja que não vale mais a pena.

Outras pessoas precisam de apoio emocional, profissional, espiritual ou de todos estes juntos para se encorajarem a iniciar a mudança.

É nesta etapa que se coloca um basta num relacionamento infeliz, que se afasta de uma amizade destrutiva, que se pede demissão de um emprego ruim, que se para de repetir comportamentos inadequados, que se reflete escolhas e faz elas deixarem de serem definitivas, que se afasta de pessoas que fazem mal, que se para de fazer coisas que causam infelicidade.

Então, se neste estágio coloca-se um basta no problema, por que chamá-lo de resgate?

Porque é nesta etapa que acontece o resgate de si mesmo, o reencontro pessoal com o que era antes de mergulhar, afogar, desmaiar e despertar.

Será possível passar desta fase sem marcas? Dificilmente não, mas isto não significa que elas sejam ruins, é capaz até que elas sirvam de lição para quaisquer outras situações que viver, mas elas não podem ser profundas o suficiente para te impedir de ser feliz em outro capítulo da sua história.

Por isso, alguns encerram o processo aqui, mas outros ainda precisam passar pela última fase, o perdão.

6. Perdão

Aceite que você é passível de erros e acertos, de boas e más escolhas, de fazer coisas positivas e negativas e que na maioria das vezes, o maior prejudicado em todas estas situações é você mesmo.

E talvez, há uma tentativa destrutiva de atribuir-se a culpa e se martirizar pelo tempo que viveu neste estado. Porém, isto é tão improdutivo quanto tentar voltar ao passado.

Não é a toa que a figura que escolhi para este post é a de correntes que se transformam em pássaros voando em liberdade. Porque ao falar deste processo em etapas, ao chegar até aqui, qualquer situação de aprisionamento e paralisia ficou para trás e para o que virá, o céu é o limite, portanto, perdoe-se e vire a página.

Enfim, nessa caminhada, o máximo que pode acontecer é novamente chegar-se à conclusão de que “é uma pena, mas você não vale a pena” e então, tenha coragem para começar tudo de novo, é assim que a vida segue!

terça-feira, 24 de setembro de 2013

7 Coisas que Aprendi Com (e Sem) o Trabalho


É bem curioso e fascinante como cada pessoa é capaz de viver a mesma experiência de maneira totalmente diferente. O que um tira de letra, o outro sofre, o que faz um sorrir, faz o outro chorar, o que fortalece um, enfraquece o outro, o que irrita um, é indiferente para o outro... E é justamente isto que nos faz únicos e bastante singulares.

A experiência de emprego e desemprego também é bem particular e este foi o primeiro motivo que pensei um bocado antes de falar sobre este tema, pois não há nada de universal nem unânime no que vou escrever.

Cheguei à conclusão que os pontos que menciono são totalmente baseados na minha experiência, no meu ponto de vista e na minha maneira de sentir as coisas, mas mesmo assim, nada me impede de compartilhar com vocês as 7 coisas que aprendi com (e sem) o trabalho.

Aprendi que...


1. Trabalhar é um dos caminhos para a felicidade

Durante a faculdade de Psicologia, ouvi diversas vezes a frase: “O trabalho dignifica o homem.” Naquela época e durante todos os meus anos de trabalho, essa frase me intrigou: entendia o seu significado, refletia sobre o valor que dava aos meus empregos e estava certa de que gostava muito de trabalhar, mas só fui entender o verdadeiro significado desta frase agora que o trabalho me falta.

Por que isto aconteceu? Além de um inegável aspecto pessoal, há também um forte aspecto cultural. Normalmente, ao conhecer alguém, logo depois de perguntarem seu nome, questionam “o que você faz?” ou “com que ou aonde você trabalha?”.

Acreditem, não ter resposta a estas perguntas geram sentimentos ruins. Os sentimentos de angustia, preocupação e até mesmo vergonha, costumam acompanhar o desemprego. Sem contar a sensação de insegurança diante do mercado de trabalho, de estar desaprendendo e “emburrecendo” à medida que o tempo passa.

Isto passa? Espero e acredito que sim!

Enfim, para mim, trabalho é aquilo que você considera trabalho, mesmo que para você trabalho seja ser dona de casa, esposa, mãe, pai ou marido em tempo integral.

No meu caso especificamente, trabalho ainda é aquele vínculo que pressupõe uma carteira de trabalho assinada, o investimento de várias horas do seu dia, a sensação de missão cumprida ao final de uma jornada e a certeza de que no dia seguinte tem muito mais! E isto faz falta, como faz.

2. Odiar a segunda-feira e amar a sexta só faz sentido para quem trabalha

Prestem atenção nas manifestações nas redes sociais às segundas e sextas-feiras. No primeiro dia útil da semana, inúmeras mensagens e imagens de caras feias, bocejos, preguiça e mau-humor estampam suas notícias. Isto quando as demonstrações não se iniciam no domingo, durante a famosa “Síndrome do Fantástico”. A simples aproximação da segunda-feira já é motivo para causar desânimo e indisposição.

Na sexta-feira pelo contrário, o dia parece amanhecer mais feliz. Figuras de sorrisos, amigos, praias, “biritas” e baladas alegram o último dia útil da semana. Na sexta, até o visual das pessoas é mais despojado, as roupas são menos sérias e mais coloridas e a contagem regressiva para o fim do dia é inevitável.

Virar o domingo para segunda e a quinta para a sexta sem estas sensações é bastante frustrante, porque elas só existem quando você trabalha. Sentir-se mal na segunda é o ônus do trabalho e viver feliz na sexta é o seu bônus.

Portanto, se domingo às 22 horas você já está emburrado(a) e sente embrulhos no estomago só de pensar na segunda, alegre-se, pois logo cedo, no dia seguinte, você tem para onde ir!

3. É impossível trabalhar em um ambiente hostil

Sabe quando você chega para trabalhar e tem dúvidas se errou o caminho e foi parar na Faixa de Gaza? Então, isto é o que eu chamo de ambiente hostil.

Brincadeiras à parte e traduzindo para o português bem claro, falo daquela energia pesada, onde uma nuvem negra parece pairar logo acima, onde os ânimos estão sempre exaltados, os rostos são fechados e tensos, qualquer falha ou problema é motivo para quase iniciar a terceira guerra mundial, há sempre alguém tentando puxar o tapete de outro, as reuniões são verdadeiros massacres, as pessoas tratam-se de maneira agressiva e por aí vai. Por incrível que possa parecer, isto tudo de ruim ainda pode acontecer junto.

Mas espera lá! Você tem um cargo importante, um salário atrativo, benefícios de primeira e se deixa incomodar por este clima? Absolutamente sim!

No meu ponto de vista, é humanamente impossível, manter-se mentalmente saudável em um ambiente assim. Por mais que o ser humano seja resiliente, persistente e pacificador, não conseguirá sobreviver, muito menos mudar um contexto como este – a menos que mergulhe e se suje de lama, o que eu altamente desencorajo a fazer.

Ambiente hostil é sinônimo de rotatividade, pura e simples. Você pode aguentar por um tempo, mas se manter é improvável, e para mim, impossível.

4. Ter um bom salário não é o fim em si, é uma consequência

Duvido que alguém aqui tenha começado a sua carreira com o salário dos seus sonhos e ainda continuo a duvidar que tenha alguém que seja absolutamente e totalmente satisfeito com o que ganha hoje. Mas se houver, meus parabéns, você é uma exceção feliz!

Para o trabalho, todos nós temos um preço e o mínimo que você aceita para tal função tem que existir. Nesta conta estão incluídos: todos os seus anos de estudo, as habilidades e conhecimentos que adquiriu, as experiências que teve, o saldo dos feedbacks que recebeu, todo processo de amadurecimento da sua carreira e talvez, ainda estejam incluídas, todas as suas despesas atuais e dívidas a serem contraídas.

Isto significa que você será remunerado exatamente no número que fecha esta soma? Nem sempre. E isto é um problema? Nem sempre.

Complicou, não é? O que eu quero dizer com isto?

Se você acreditar que o seu salário é composto dos 3 elementos que cito abaixo, não há motivos para achar isto um problema. A equação é a seguinte:

ESFORÇO + MOTIVAÇÃO + RESULTADOS = SALÁRIO (ou RECONHECIMENTO)

Por isso que falo que salário é uma consequência, ou seja, o resultado da união destes três fatores. E se eles estiverem presentes, é quase certo que o reconhecimento virá, normalmente temos que temperar esta equação com uma pitada de paciência e determinação, mas acredite, virá!

5. No trabalho, é possível fazer amizades para a vida toda


Quantas verdades absolutas ouvimos durante a nossa vida. Estes conselhos vinham acompanhados de: valorize as boas companhias, cuidados com suas amizades, diga-me com quem andas que te direi quem és, e assim por diante.

Quando começamos a trabalhar, estamos por nossa conta e risco e as nossas escolhas, sejam de atitudes ou de quem nos aproximamos, estão em nossas mãos.

E a grata surpresa nesta experiência é que podemos encontrar no trabalho pessoas que fazem uma diferença toda especial em nossa vida. Particularmente (se é que me permitem), tenho no coração e presentes em minha vida amigos que “colecionei” durante cada emprego que tive e sei que poderei contar com muitos deles até o fim.

6. No trabalho, você se força a fazer coisas que não faz na vida pessoal

Já me surpreendi inúmeras vezes me desafiando a fazer coisas e a enfrentar barreiras na vida profissional que relutei muito em fazer na vida pessoal.

Na nossa carreira, ninguém quer saber se temos dificuldade de dizer não, de negociar, de confrontar, de tratar com figuras de liderança, de falar em público, de dar um feedback difícil, não querem saber se dominamos aquela tarefa ou se sabemos dar o devido encaminhamento àquele assunto. O que acontece então? Simplesmente temos que ir lá e fazer e SIM, achamos os meios, os recursos e a motivação para seguir adiante.

No particular, achamos inúmeras desculpas, subterfúgios e razões para adiar ou simplesmente não fazer. Temos esta escolha no trabalho? Normalmente não.

E por que agimos assim? Por que, no trabalho, devemos satisfação a alguém e somos exigidos em nossas atribuições? Ou por que temos um chefe rígido que não vai ceder diante de nossas argumentações? Ou por que nos desafiamos a sermos melhores para o futuro e progressão da nossa carreira?

Independente do motivo pelo qual agimos assim, é sempre tempo de sermos o nosso próprio chefe, exigirmos mais de nós mesmos e nos forçarmos a realizar mais, senão, corre-se o risco de alguém querer desistir de você também na sua vida pessoal e infelizmente, esse alguém pode ser você mesmo!

7. Trabalhar é bom, mas para ser feliz, precisa-se de algo mais

Para finalizar, trago a contrapartida do primeiro ponto desta história. Viver só de trabalho, é sobrevida. Faça-se aquela pergunta: você trabalha para viver ou vive para trabalhar?

Outra questão importante: você tem alguém para quem voltar ao fim do dia? Ou então: você tem algo para que voltar ao fim do dia?

O SIM a estas questões é o que te encoraja a continuar, te faz acordar todos os dias, dá entusiasmo a sua vida. As coisas perdem bastante o sentido se a resposta a estas questões for NÃO.

Por incrível que pareça, não trabalhamos só para nossa própria satisfação pessoal e material, trabalhamos por algo mais, seja por alguém ou por alguma coisa, nem que seja a realização de sonhos, mas simplesmente existir só para bater cartão e receber ao fim do mês, é muito pouco para todo o potencial de vida que você tem.

***

Parece clichê, mas a vida é um constante aprendizado e o fato é que: aprendemos demais durante as adversidades.

É provável que se eu não estivesse neste momento de vida, teria pouco a contribuir com este post. Hoje, certamente dou muito mais valor a tudo que já vivi e com certeza, saberei reconhecer e honrar, ainda mais que antes, o que o futuro me reserva.

Mesmo tendo hesitado de início, acho válido tudo que disse, porque além destas sete coisas, eu também aprendi que não precisamos viver tudo, simplesmente porque podemos aprender com a experiência dos outros.

Então, se você que já está trabalhando e não vê muitos ganhos no seu trabalho, não espere ter que chegar a próxima oportunidade para dar valor ao que você já tem hoje. Pense nisto!

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Como NÃO Perder o Emprego em 7 Erros?


Quando nascemos não sabíamos andar e falar, não fazíamos nada sozinhos e tudo o que fazemos hoje foi aprendido ao longo da nossa vida. Se durante este caminho aprendemos algo errado ou um jeito mais difícil de fazer as coisas, a tendência é reproduzir isto repetidamente, até que aprendamos novamente o certo ou uma maneira mais fácil de realizar.

Com o trabalho, não é diferente. Não nascemos sabendo como trabalhar, o que fazer, o que não fazer. Vamos aprendendo ao longo da nossa experiência como ser profissional e quais os comportamentos mais apropriados para este universo, só que nem sempre temos os melhores professores e exemplos.

Quando falamos do ambiente organizacional, o que é bom para uma empresa não necessariamente é também para outra, porém existem algumas máximas, ou seja, algumas regras que são quase universalmente aplicadas. E é disso que vou falar aqui, através de 7 dicas que considero fundamentais para ser bem sucedido nesta jornada.


1. Não estresse os vínculos antes mesmo de criá-los

É quase certo que ao entrar em uma empresa ou ao fazer parte de uma nova equipe você irá relacionar-se com pessoas. A construção de vínculos, mesmo no ambiente de trabalho, é muito importante para relações saudáveis e produtivas e você não conseguirá ser bem sucedido sozinho, mesmo que seja um expert em sua profissão.

Uma equipe ou colegas de trabalho podem ser importantes aliados na sua trajetória, ou seu pior algoz, já presenciei novos colaboradores que entraram nas empresas como verdadeiros “tratores” – mexendo em tudo que veem pela frente e passando por cima de pessoas e processos que já estavam instituídos, sem a menor prudência e coerência – e foram literalmente, expulsos do contexto que estavam inseridos, quando não totalmente sabotados por suas equipes.

Criar resistências, inimizades, barreiras e distanciamento entre as pessoas com quem irá se relacionar, antes mesmo de construir confiança, respeito e alianças é uma receita quase que mortal para sua permanência no trabalho.

2. Use a regra dos “Quatro Pês”: Postura, Pontualidade, Princípios e Palavra

Estes 4 elementos parecem básicos demais, não é mesmo? Pois são, mas isto não significa que eles são cumpridos como deveriam ou que não valha a pena mencioná-los. De tão elementares que são, acabam sendo menosprezados e até mesmo esquecidos. Então, vamos lá!

Quando falo de postura – que não é aquela de mantermos a coluna ereta – trato do comportamento adequado para o ambiente de trabalho e isto inclui várias coisas, como a apresentação pessoal, as vestimentas, a higiene, o linguajar, enfim a maneira com que você se apresenta é o seu cartão de visita e a forma com que você se comporta diz tudo sobre você. O cuidado com a sua aparência, com o que você fala e com a maneira com que você se porta valem muitos pontos a seu favor.

Atrasos no ambiente de trabalho devem ser raras exceções e isso vale para a hora de chegar ou ao participar de reuniões, treinamentos e quaisquer outros eventos. A pontualidade é um cuidado que deve ser exercitado diariamente, se ao trabalhar você enfrenta muito trânsito, uma maratona de transportes coletivos ou depende de outras pessoas, programe-se para evitar imprevistos, saia com antecedência e com margem de segurança para evitar surpresas desagradáveis.

O que quero dizer com princípios? Falo de características como a honradez, a ética, a honestidade, a justiça e a dignidade – aspectos que para mim, infelizmente não podem ser ensinados – ou você tem ou não tem e se tem, vale usá-los em todas as circunstâncias.

Fecho este tópico o último P, de palavra e a uso no sentido de honrar aquilo que se fala, de pronunciar a verdade, de cumprir e sustentar o que diz. Nada mais desastroso do que as pessoas não confiarem no que você diz e suas palavras serem sinônimo de inverdades ou de promessas que não se cumprem. Seja sinônimo de credibilidade e faça com que, o que você disser, possa ser assinado embaixo.

3. Que bom que você é uma boa pessoa, mas o que te sustenta são seus resultados

Achar que o fato de você ser bacana, camarada e legal vai ser suficiente para te sustentar no seu trabalho é um grande engano. As empresas procuram pessoas que saibam se relacionar, trabalhar em equipe e criar vínculos, mas se você não for eficiente em sua entrega e realização, estas características de nada adiantam.

Infelizmente, nenhum chefe vai pensar: “ele não dá resultados, mas é uma boa pessoa, vamos mantê-lo”. Vivemos em um mundo capitalista e altamente competitivo, que garanto, não é legal com você, mesmo que você o seja com ele, portanto, foque nos seus atingimentos e seja extremamente direcionado a resultados e se possível, em se tratando deste assunto, procure surpreender.

4.  No pain, no gain

Você já deve ter visto aquela famosa frase que: O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” E ela não podia ser mais verdadeira.

OK, eu concordo que existe o elemento sorte, mas de modo geral, ela não é suficiente para te manter aonde quer que a tenha te colocado.

Em geral, as pessoas mais bem sucedidas profissionalmente trabalharam arduamente para isto e em algum momento de suas vidas tiveram que sacrificar horas de sono, o convívio familiar, a prática de um esporte, um fim de semana de lazer, etc. para chegarem onde estão.

Acreditar que fazer o estritamente necessário e ser mediano em seu desempenho será suficiente para o seu êxito e sucesso profissional, é o mesmo que acreditar que no dia 25 de Dezembro, Papai Noel vai te dar o presente dos seus sonhos. Enfim, no pain, no gain!

5. Fuja do Título de Rei ou Rainha das Rodinhas

Tente identificar dentre as pessoas que trabalham com você, uma que:
  • todas as vezes que há uma rodinha de conversa no corredor, ela está,
  • sempre que tem um burburinho no café ou no bebedouro, ela está,
  • sempre que há uma comidinha ou confraternização de alguma área, ela está,
  • parece que todas as vezes que você vai ao banheiro, lá está ela e
  • quando surge uma fofoca ou novidade quentinha, ela é a primeira a saber tudo do assunto.
Veio alguém a sua cabeça? É muito provável que sim e espero que esta pessoa não seja você.

Não!!! Estar em todas as situações como as listadas acima NÃO é networking, nem muito menos sinônimo de que você é bem relacionado com todos os departamentos de sua empresa. Em português claro e direto, significa que ou você está achando inúmeros motivos para fugir e enrolar seu trabalho ou que o seu cargo é totalmente dispensável e seja por um motivo ou outro, mais cedo ou mais tarde, alguém notará e fará questão de abrir mão da sua ilustre e popular presença.

6. Vida pessoal? Da porta para fora

Somos um ser inteiro, não dá pra nos dissociarmos em nossas partes, nossa mente e coração andam totalmente juntos e não é possível, ao colocarmos o pé dentro do trabalho deixamos para fora tudo que sentimos e vivemos. Só que isso não significa que ficamos autorizados a deixarmos que nossa vida pessoal atrapalhe nosso trabalho e influencie a nossa vida profissional. Às vezes estamos tristes, chateados, preocupados, bravos, cansados e isto é permitido, somos gente, mas há um limite de tolerância que deve ser respeitado.

Ainda mais importante é evitarmos que pessoas da nossa família ou amigos ocupem um espaço indevido em nosso trabalho. Do que falo? De ligações durante o expediente no celular pessoal ou ainda pior, no seu ramal de trabalho, acesso a inúmeras mensagens, torpedos, redes sociais durante o dia e visitas particulares na recepção ou portaria.

A situação agrava-se quando existe um relacionamento amoroso com um(a) colega de trabalho. Há algumas organizações em que este tipo de envolvimento nem mesmo é permitido, mas naquelas que são (o que eu particularmente acho correto), a postura e a total discrição nas demonstrações de afeto e intimidade são imprescindíveis.

Imagina que desagradável ser chamado à atenção por estar ultrapassando os limites ao deixar que aspectos da sua vida particular interfiram na sua eficiência no trabalho.

7. A equação: resistência + ineficiência é (igual a) = rua

Não dá, não consigo, não pode, não quero, não sei, não posso, não vou, não, não e não. Cansa só de ler, certo? Imagina conviver com alguém que só saber negar tudo o que aparece em sua frente? É um comportamento impossível de aguentar a longo prazo, ou dependendo da paciência, a curto prazo.

Não há nada mais ameaçador para sua carreira do que ser visto como uma muralha de resistência e perceberem que com você, tudo é feito a duras penas e somente após muita insistência e convencimento.

Se somado às inúmeras barreiras que coloca às coisas, quando você decide-se por fazer algo, houver falta de eficiência ou falhas constantes na execução, complicou de vez! É quase certo que o próximo lugar que você estará, infelizmente, é no nome da rua da sua empresa.

***

Ao tratarmos de assuntos tão delicados como os que mencionei acima, é muito difícil falar em bom senso, porque o que é tolerável e aceito para mim, pode muito bem não ser para o outro, tanto que, apesar de parecer justificável dizer, em nenhum momento citei: “haja com bom senso”.


Minha dica é apenas que use a sua percepção, a sua observação e a sua atenção para aprender com os bons exemplos. Todos nós temos ao nosso redor pessoas e profissionais que são dignos de admiração, respeito e consideração. Estes são os nossos melhores professores e modelos na escola da vida e serão aqueles que nos ensinarão, dia após dia, que sempre é tempo de recomeçar a aprender, tanto como pessoa quanto como profissional.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Difícil Arte de Dizer NÃO!


A difícil arte de dizer NÃO! Até agora foi o post que mais me deu trabalho para escrever... Primeiro, porque é um assunto que tem muito a ver com a minha história em particular, mas também, porque até mesmo antes de começar o texto, o tal assunto me consumiu algumas boas horas de reflexão.

Fiquei me perguntando quais os motivos que levam as pessoas a terem tanta dificuldade de dizer não. O questionamento que tomou conta dos meus pensamentos foi:

O que faz uma pessoa passar por cima da sua própria vontade para fazer o que o outro quer e não o que ela quer?

Será o medo de decepcionar o outro ao dizer não? Ou dificuldade de enfrentamento? Insegurança? Medo da reação do outro diante da negativa? Necessidade de agradar?

Talvez nada disso, mas talvez tudo isso!

O que acontece é que as pessoas que têm dificuldade de dizer não, geralmente são assim há muito tempo e depois de anos vivendo dessa maneira, mudar a forma de agir é muito difícil. Seu jeito de encarar as situações vira quase que uma característica de personalidade, um padrão de comportamento.

Tenho quase certeza que você já ouviu ou até mesmo já disse esta frase: "Vou pedir algo para o fulano, porque ele não sabe dizer não!" Ou seja, a dificuldade vira um rótulo.

Quem é rotulado dessa maneira, comumente, sente cada pedido recebido (a que não consegue negar) como um abuso, uma agressão de quem pede, porém este tamanho desconforto é guardado pra si, contido, simplesmente por não ser capaz de dizer NÃO.

Para aqueles que sofrem deste bloqueio, no meu ponto de vista a agressão não é só do outro em relação a você, mas de você consigo mesmo. 

Alguém só extrapola o limite da sua aceitação, se você permite. Ninguém atravessa um espaço que não esteja aberto, vulnerável. As pessoas acostumam-se a te “usar”, porque é permitido e quem permite é você.

Quantas vezes a pessoa que tem dificuldade de negar um pedido, acaba fazendo o que o pedem a duras penas e muitas vezes, prejudicando-se: 
  • é o dinheiro que estava guardado e destinado a algum fim que você empresta, 
  • é o dia que você está atrasado, mas cede em dar uma carona para levar alguém do outro lado da cidade e fora do seu caminho, 
  • é o pedido do chefe para ficar até mais tarde e você não consegue negar mesmo sendo dia do aniversário de um familiar seu em que todos estão te esperando para a festa, etc.
Estes são exemplos clássicos.


Normalmente, quem faz o pedido exerce um poder sobre você e não necessariamente um poder real, como no caso de um chefe numa pirâmide de hierarquia. Até mesmo porque, tem pessoas que têm dificuldade de dizer não a crianças, a estranhos, a amigos, enfim, a todos.

O que fazer para quebrar com este comportamento e dar fim a este sentimento de impotência e de anulação?

Afirmo que é preciso passar por um ritual de transição. O que é isto? É uma forma de formalizar concretamente a mudança de atitude.

Para ilustrar o que chamei de ritual de transição vou usar uma cena do filme: “O Diabo Veste Prada". Infelizmente, é uma cena de final do longa, portanto, desculpem-me aqueles que ainda não assistiram.

Para mim, este trecho do filme tem uma simbolização clara do que é um ritual de transição, pois mostra uma importante quebra do padrão de comportamento de aceitação que a secretária  Andrea (Anne Hathaway) tinha em relação a sua chefe Miranda Priestly (Meryl Streep) e sinaliza o fim dos abusos impostos pela última.

Narrando a cena: Depois de Andrea aceitar e realizar inúmeros pedidos absurdos no decorrer da história, de receber constantes agressões verbais e ligações de sua chefe nas horas mais impróprias, a secretária, ao ouvir o característico toque do seu celular com mais uma chamada de Miranda, olha para o aparelho e o arremessa em uma fonte, ato que simboliza o fim da relação entre as duas (veja a sequência de cenas na figura abaixo).


Reforço que esta é só uma ilustração, não quero dizer que você precise fazer algo do gênero para então mudar, mas de alguma forma, a quebra do comportamento de aceitação precisa acontecer.

Mas vamos lá, como então fazer isto?

Dizendo o primeiro NÃO! Mas quando falo do primeiro NÃO, é aquele realmente difícil de dizer, aquele que em outras circunstâncias você cederia.

Vai ser fácil? Garanto que não. De início, você provavelmente vai hesitar e pensar em inventar uma desculpa qualquer. É preciso ter coragem para seguir em frente.

É natural, uma vez que você se decida a dizer não, que seu corpo dê sinais de ansiedade, você provavelmente vai suar, vai sentir seu coração acelerar, terá medo de como a pessoa reagirá, ficará com receio de não conseguir sustentar sua postura, de voltar atrás se insistirem no pedido, temerá que as pessoas se afastem de você e pode ter medo de não ser mais amado, mas seja firme. Enfrentar esta primeira situação é quase que uma indicação terapêutica!

À medida que você for se sentindo mais seguro com a sua nova postura, estes sintomas começam a desaparecer ou pelo menos, diminuem bastante de intensidade.

E uma vez que você comece a viver esta mudança, encontrar o ponto de equilíbrio é essencial.

É muito provável que você goste bastante desse seu novo eu, sinta-se poderoso(a) como protagonista da sua própria história, dono(a) de suas vontades, mas evite os extremos. Você não precisa ser totalmente permissivo(a), nem muito menos resistente ou rígido demais, ou seja, nem oito, nem oitenta.

Balancear as suas atitudes e discriminar quando vale a pena ceder é primordial, ou seja, permita conhecer até que ponto você pode atender a um pedido e sentir-se bem e respeitado e quando a situação extrapola seus limites e é preciso usar o freio. Será um exercício de autoconhecimento e experimentação, com o tempo saberá achar a dose correta que fará bem a você e a quem convive contigo.

E se por algum acaso, no meio deste caminho, você se deparar com alguém que brigue ou se distancie de você por causa do seu NÃO, simplesmente agradeça, para o seu bem, foi melhor assim!