É parte da nossa vida fazermos
escolhas e isto acontece desde que nascemos. Porém, a medida que envelhecemos e
amadurecemos as escolhas começam a ser mais complexas e costumam mudar o rumo
da nossa história.
Escolhemos nossas amizades, que
curso prestar no vestibular, que carreira seguir, se terminamos ou não aquele
relacionamento, se damos uma chance ou não para aquela pessoa, se mudamos ou
não de trabalho, se aceitamos ou não uma transferência de cidade, se compramos
ou não aquele carro, se começamos ou não uma dieta, se investimos ou não
naquele sonho e por aí vai.
Nossa trajetória vai sendo
traçada em decorrência destas escolhas e todas as vezes que escolhemos uma
opção, renunciamos às demais.
Algumas decisões são muito fáceis
e certas, fazemos sem hesitar e com muita confiança de que é o melhor caminho a
seguir, estas trazem uma satisfação quase que imediata. Já outras, não são tão
simples assim, geram inúmeros sentimentos desconfortáveis.
Dentre os mais comuns estão a insegurança (se tomou a melhor decisão),
a culpa (por ter magoado ou
desagradado alguém), o medo (de
sofrer as consequências ruins ou não tão boas da escolha), o arrependimento (de ter deixado de lado
a outra opção), dentre outros.
Além de sentimentos, as escolhas difíceis
comumente vêm acompanhadas de alguns pensamentos / frases que destaco em três principais:
1. “Eu
não devia ter escolhido isto.”
Pergunta que não
quer calar: que ganho você tem ao ficar se martirizando pelo “leite derramado”?
Concentre suas energias no que vem depois, porque o que está feito, está feito!
Como eu disse
acima, arrependimento e insegurança são sentimentos muito comuns diante das
escolhas, mas de produtivos e positivos eles não têm nada.
Em algumas ocasiões,
você pode ter uma segunda chance de voltar atrás e de optar pela próxima opção.
Ótimo quando isto é possível, mas quando não é, siga adiante.
Como eu já disse
em outro post, não ache motivos para te paralisar e te impedir de continuar,
não se sabote. Lembre-se: às vezes, o sofrimento pode ser opcional.
2. “E
se eu tivesse feito aquilo?”
Não entre na
cilada de questionar o que teria acontecido se você tivesse feito outra escolha.
Você jamais saberá!
Tente tirar o “e se...” da sua cabeça, ele não existe,
é simplesmente a sua fantasia em cima de algo que não aconteceu e a doce ilusão
de que as coisas seriam melhores se tivesse tomado outra decisão.
Você nunca
poderá ter certeza disso, portanto, pensar nessa possibilidade só vai te fazer
ficar preso a este sentimento de impotência.
Assuma sua
escolha e lide com ela.
3. “Ele(a) não me deu outra opção.”
Talvez esta seja
a maneira mais fácil de justificar a sua escolha, atribuir a responsabilidade a
outra pessoa, sendo que existem sempre duas ou mais alternativas: fazer ou não
fazer, ir ou não ir, falar ou não falar e por aí vai.
O que acontece
nessa circunstância é que sua coragem ou motivação para agir foi menor do que a
intenção em confrontar ou decepcionar alguém, então é mais fácil depositar a
responsabilidade da sua atitude em outra pessoa.
Eu consegui ser
clara?
Caso não, tentarei
ser mais específica com uma simples situação hipotética. Você tem duas festas
de casamento no mesmo dia e em cidades diferentes e distantes, sendo que as
duas são de amigos muito próximos e queridos. Você tem três opções: ir a uma
festa, ir a outra ou não ir a ambas.
A última opção
normalmente passa pela sua cabeça como a mais democrática, mas digo que talvez
seja a menos corajosa de todas. Apesar de “não ir” ser um posicionamento, é o
que menos demanda sua atitude e sinceramente, mais se parece como uma fuga da
decisão.
Uma vez que você
decida ir a algum dos casamentos, qual a tendência a seguir? Normalmente (digo
normalmente porque esta atitude depende da personalidade de cada um), damos
preferência àqueles que são mais “difíceis” de lidar, estes acabam ganhando
nossa escolha, não por serem os favoritos, mas por serem aqueles que temos mais
receio (ou até mesmo medo) de enfrentar e desagradar.
A outra opção,
já descartada, é sempre daquele mais compreensível, menos questionador ou que
também não teria coragem de demonstrar sua insatisfação diante da sua negativa.
Concluindo este
tópico, uma coisa é fato: sempre há outra
opção. A questão é se você está disposto e preparado para encará-la.
***
Tomar decisões é algo que sempre
acontecerá na sua vida, você queira ou não, mas tomar boas decisões (aquelas
que trazem bons resultados) é uma habilidade que vem com a maturidade, com as
experiências, com os erros e acertos e será demandada de você tanto na vida
pessoal quanto profissional.
De tudo que disse, escolho afirmar
apenas uma coisa com total convicção: na arte de escolher, independente das
opções que fizer, escolha sempre ser
feliz! E para ser feliz, também é preciso coragem. Você tem?
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